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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

World Pasta Day - Dia Internacional do macarrão

Hoje é o dia internacional do macarrão, para o jantar vou preparar uma maravilhosa ¨Pasta al Pesto¨ - traduzindo massa italiana com molho pesto. Típico da região da Ligúria - Gênova e afins. O melhor que comi em minha vida era feito pela mãe de um amigo meu em Gênova, nem pensem que era uma senhorinha fofinha e gorducha como as mamas italianas das novela das 8, bem ao contrário, a signora Del Nobolo era além de super em forma, requintada e muito moderna.



















A receita como ela me ensinou, inclui um bom azeite, alho, basílico (não é exatamente igual ao manjericão, mas quem não tiver o original como nós aqui no Oasis, pode se virar com o nacional mesmo), queijo pecorino e parmesão ou só o último se não houver escolha. Começe triturando o alho no azeite (na antiguidade o processo era feito em almofarriz, mas a moderna signora Del Nobolo me ensinou usando um processador de alimentos), aos poucos vá juntando o basílico (ok manjericão), intercalando com o queijo ralado, sempre juntando um pouco de azeite, atenção para não passar do ponto, o pesto não deve ser líquido e sim pastoso, as folhas apesar de trituradas não devem escurecer nem perder o aroma e sabor.... o segredo é a dosagem perfeita entre os queijos, as folhas e o azeite.... no final junte os pinolis (sementes de pinheiro, que aqui podem ser substituídas por nozes ou castanhas). Prepare a pasta al dente (assim é certeza manter o seu índice glicêmico que é em média 60) e junte uma colher de sopa do molho (que não deve ser aquecido). Na Ligúria esta pasta é servida com vagens cortadinhas o que lhe dá ainda mais sabor e ainda melhora suas qualidades funcionais pois aumenta a quantidade de fibra.

O pesto pode ser mantido em vidrinhos fechados na geladeira por vários dias, uma dica é sempre colocar um pouco de azeite por cima antes de tampar, assim as folhas não escurecem e o molho se conserva por mais tempo. Pode ser usado com pasta curta (penne, farfale, rigatoni) ou longa (spaghetti).

Buon Appetito.

domingo, 24 de outubro de 2010

Estudo da Universidade da Georgia identifica que o consumo diário de gengibre reduz dor muscular pós exercícios em até 25%

Apesar de ser totalmente fora de moda a velha máxima no-pain no-gain, não há dúvidas que o exercício muscular pode provocar dor, principalmente quando começamos um novo treino. Então esta notícia nos despertou para ampliar o uso desta raiz milenar na qual já depositávamos tanta confiança devido ao seu componente anti-inflamatório.

Recentes estudos demonstraram que o uso do gengibre reduz a dor muscular causada por exercícios em até 25%. O estudo realizado na Universidade da Georgia examinou os efeitos do consumo do gengibre cru e cozido comparados com o uso de placebo (preparação farmacêutica que não contém princípio ativo, ou seja, não tem atividade terapêutica.) 74 voluntários receberam capsulas de gengibre ou placebo durante 11 dias consecutivos e no oitavo dia realizaram exercícios com peso a fim de provocar dor muscular, marcadores inflamatórios antes e depois dos exercícios apontaram para o resultado de que as pessoas que receberam o gengibre (seja na forma crua ou cozida) experimentaram até 25% menos dor que as tratadas com o placebo.

Referências: 1.Christopher D. Black, Matthew P. Herring, David J. Hurley, Patrick J. O'Connor. Ginger (Zingiber officinale) Reduces Muscle Pain Caused by Eccentric Exercise. The Journal of Pain, 2010; DOI: 10.1016/j.jpain.2009.12.013

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nutrigenômica – O futuro da nutrição e as feiras populares.


Até recentemente, as pesquisas em nutrição restriingiam-se à deficiência de nutrientes e o correspondente comprometimento da saúde. Hoje damos os primeiros passos no estudo da nutrigenômica, que é como já expliquei anteriormente a ciência que estuda a interação da alimentação com a expressão dos nosso genes. Isto mesmo nosso genes se expressam (quimicamente é claro... )



Essa expressão na realidade está relacionada a tudo que nos cerca e atende pelo nome de EPIGENETICA, mas como a alimentação é talvez um dos fatores mais significantes tem sido alvo de boa parte dos estudos.






Basicamente os alimentos podem ativar ou suprimir fatores de expressão gênica, que por sua vez ativam ou desativam nossos genes, resumindo com a escolha certa de alimentos podemos ligar os genes do bem, e com a escolha errada os genes do mal. Mas é claro que não é tão simples assim, tudo isso se passa com reações bioquímicas obviamente muito complexas.

E quem diria que o estudo dessas complexas interações tem demonstrado que velhos conhecidos nossos, como o alho, a cúrcuma (também conhecido como açafrão-da-terra), o gengibre, além da canela têm importantes efeitos terapêuticos, incluindo a sua capacidade para suprimir o fator NF-kB. Não foram ainda apresentados? Melhor assim... o NF-kB é um fator de transcrição que induz a expressão de mais de 200 genes, muitos deles ligados a doenças como o câncer, artrite e obesidade.

É infelizmente mesmo não tendo sido apresentados formalmente muitos de nós sofremos com a sua atuação. Então a boa notícia é que muitos alimentos populares e especiarias encontradas nas nossas feiras livres e nos livros de receitas das nossa avós podem suprimir sua atuação, previnindo ou retardando o aparecimento de doenças, principalmente as de caráter inflamatório.

Especiarias que suprimem o NF-kB e seus respectivos fitoquímicos.

Manjericão, alecrim (ácido ursólico)
Cúrcuma ou açafrão-da-terra (curcumina)
Canela (aldeído cinâmico)
Cravo da índia (eugenol, isoeugenol)
Erva-doce, anis, coentro (anetol)
Gengibre (6-gingerol)
Pimenta vermelha (capsaicina)

Nossa receita da semana foi dedicada a este post e contém gengibre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Promessa é dívida...

E não é que deu certo, almoço com cardápio de índio. Prato principal peixe cozido em papelote de folha de bananeira acompanhado de espaguete de palmito pupunha em salsa verde e guarnecido com castanha de cajú.



De sobremesa, duo de musses de fruta, goiaba e cajá.

Para o jantar vai ter tapioca....


12 de Outubro

Pensando em aproveitar o feriadão para um programinha mais light? A dica é o pacote de 4 dias do 08 ao 12 de outubro, focado no relax e emagrecimento. Sai por 1+2 de R$ 315,00 por pessoa e inclui todos os serviços do SPA.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sous-vide uma nova forma de cozinhar.

Acabo de chegar de São Paulo onde participei do curso sobre esta nova técnica de cozimento. Com o uso de um termocirculador (equipamento normalmente utiilizado em laboratórios) e uma máquina de váuco, é possível cozinhar alimentos sem perder nutrientes, mantendo a sua umidade, tornando-os mais saudáveis e saborosos. A implantação do método no Oasis será feita ainda este ano, quando faremos também a introdução de um cardápio totalmente renovado... aguardem em breve.

sábado, 11 de setembro de 2010

Dieta de Índio

Estou encantada com a dieta indígena, é claro que estamos falando do índio de antes da chegada dos portugueses e da ¨ civilização ¨, eles se alimentavam basicamente do resultado da coleta de frutos , ovos de aves e sementes oleaginosas; pesca e caça além da mandioca que plantavam em pequenas roças. A mandioca é uma planta da qual se utiliza a raiz e as folhas, seu plantio dura cerca de 8 meses, é limpar o terreno, colocar na terra e esperar com a paciência de quem respeita a natureza o tempo até retirar de lá as raízes. Quando o solo já não produzia mandioca de boa qualidade os índios mudavam o local da roça. Ou seja havia além de tudo muito respeito à mãe natureza. Esta prática ecologicamente correta, traduzia para a dieta uma qualidade a mais, os antioxidantes naturais como os presentes no açaí, no caju, nas castanhas do Pará, sem falar na periodicidade, já que os alimentos eram coletados só eram conseguidos na sua devida época. Nada mais absolutamente correto segundo o movimento SLOW FOOD dos dia de hoje.

Mas a história que nos contaram foi outra, em geral o índio era tratado como preguiçoso e indolente, e praticamente tudo que se referia à cultura indígena era sinônimo de atrasado ou ruim... quem já não escutou as expressões pejorativas TUPINIQUIM ou PROGRAMA DE ÍNDIO. Pior é que antes fosse só o preconceito, muito pior é que na prática os índios foram praticamente dizimados, e o que restou deles teve sua cultura alimentar tão modificada que hoje sofrem inclusive com a obesidade e o diabetes , doenças inimagináveis nas tribos de antigamente. Basta olhar as fotos das atuais populações indígenas para ver que estão bem diferentes dos silvícolas das ilustrações de 1500 com barrigas tanquinhos, e mulheres tão belas que segundo Pero Vaz, fariam inveja as dondocas portuguesas da época, conforme escreveu ao rei de Portugal.

Infelizmente, tal como acontece com os índios Pima do México cuja população que migrou para os Estados Unidos apresenta maior incidência de obesidade e diabetes, o índio brasileiro, alimentado a base de cesta básica da FUNAI, engorda e adoece. Ao trocar as raízes por macarrão, a pesca e caça por enlatados, as frutas por biscoito, cresce o percentual de morte por doenças crônicos degenerativas (inclusive câncer), numa prova incontestável que a epigenética (expressão genética estimulada pelo meio ambiente) é uma realidade.

Mas voltemos à dieta do índio antigo (o do tanquinho). Depois de ler alguns artigos históricos, relatos e dados, de acordo com o que li, fiz uma distribuição dos alimentos utilizados na dieta indígena no formato pirâmide, e qual não foi minha surpresa ao encontrar na dieta do índio, uma total semelhança com a dieta mediterrânea.


Já viu? Dieta mediterrânea tupiniquim? Hehehe isso mesmo nós também temos nossa herança alimentar saudável. Então agora é assim, no próximo programa de spa vai ter um dia de índio. Neste dia o cardápio vai incluir tapioca, caju, palmito pupunha, banana e peixe assado. Isso mesmo, afinal o Oasis já não colocou o chocolate e a castanha na dieta? Fiquem sabendo que o consumo destes dois saborosos itens é também uma heranças dos nossos primeiros ancestrais, agora só resolvemos completar o cardápio. Um dia quem sabe todo dia será dia de índio.

O índio nordestino comia: mandioca (na forma de beiju, tapioca, farinha ou pirão), outras raízes como batata-doce e cará; frutas como pitanga, caju, cajá, goiaba e pitanga. Peixe cozido em caldos ou assado, oleaginosas como castanhas e leguminosas como o amendoim.

sábado, 4 de setembro de 2010

Mais sobre o óleo de peixe.

Óleo de peixe pode ajudar na prevenção de problemas cardíacos - Saúde - Notícia - VEJA.com

A dieta mais simples do mundo: dois copos d'água antes das refeições - Saúde - Notícia - VEJA.com

Uma vez me falaram que aqui no Oasis o prato principal era água... não sem razão hehehe, servimos sim muita água, que alías não engorda nem dilui o suco gástrico. Bom se antes as pessoas estranhavam nossa conduta, olha ai os estudos científicos comprovando nossa teoria. A dieta mais simples do mundo: dois copos d'água antes das refeições - Saúde - Notícia - VEJA.com

SPA no Feriadão de 12 de Outubro - Reserve agora com tarifa reduzida.

Já está no site do Oasis http://www.spaoasis.com.br/ o pacote de SPA no feriadão de 12 de outubro. Dentro da nova política de tarifação do Oasis, os pacotes são lançados no site com pelo menos 30 dias de antecedência e com a sua menor tarifa, que vai sendo aumentadas de acordo com o número de reservas confirmadas e proximidade da data do programa. Desta forma quem se programa e reserva antes, se beneficia de uma super vantagem.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


SPA Express - 27 de Setembro a 01 de Outubro no SPA Oasis

domingo, 29 de agosto de 2010

Comida dos Deuses

O nome científico do cacau significa exatamente isto, comida dos deuses, é que os antigos povos astecas, incas e mayas, acreditavam que o pó resultante da moagem das sementes do cacau tinha poderes especiais.  Eles estavam certissímos...

O cacau tem mais antioxidantes do que o chá verde ou vinho tinto. Protege o sistema cardiovascular, reduzindo significativamente a incidência de aterosclerose; também oferece proteção para o nosso cérebro.  Mas não tem escolha, para aproveitar todos estes benefícos, o chocolate escolhido tem que ter entre 70-85%. de cacau (muita atenção nesta hora, nem todo amargo tem esta concentração, e tem amargo que ainda é misturado com gordura hidrogenada). Para completar os beneficios o chocolate tem ação satietogênica, traduzindo...promove saciedade. No Oasis ele é servido em pequenas quantidades antes das refeições, garantindo a promoção da saciedade e permitindo a total absorção dos seus antioxidantes.

Quem quer pão?

Imagina quem é que anda substituindo a manteiga na confecção de pães na maioria das padarias? Nem foi difícil não é? Ela mesma a gordura hidrogenada, então que tal preparar em casa seu próprio pão?  E sem qualquer trabalho... esta maquininha de pão faz exatamente o que promete. Você coloca tudo dentro seguindo a receita e liga, depois de 3 horas sai de lá um pão quentinho. Tudo bem, tem que ter cuidado para não exagerar, mas com certeza vai ser bem mais saudável do que pão recheado de gordura trans. Junto com o equipamento vem um livrinho de receitas, evite as que determinam o uso de leite condensado e margarina, mas garanto que há opções de pães integrais excelentes. Os preços variam entre 250 e 350 reais dependendo da marca e podem ser adquiridas na maior parte dos sites de vendas online.

sábado, 28 de agosto de 2010

SLOW DOURO

Para quem estiver pensando em viajar para Portugal, uma super dica é uma visita ao Douro, o período de setembro é sem dúvida uma excelente escolha pois é a época da colheita, a região de luz e cores muito especiais, além de linda, tem excelentes hotéis e restaurantes de vanguarda, tudo no melhor estilo slow food. 

Imperdível o restaurante Largo do Paço, no Boutique Hotel Casa da Calçada em Amarante. O cardápio nem sempre se repete, os pratos tem um quê de gastronomia molecular misturado a um total respeito ao terroir. Apesar de nem se falar em comida saudável, garanto que os pratos mesmo que feitos com pequenas porções de carne de porco negro, enquadram-se perfeitamente no padrão antiinflamatório e de baixo índice glicêmico, se é que diante destas maravilhas a gente vá pensar em controlar a dieta...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Gordura Hidrogenada não é COMIDA de verdade.

Já me disseram que todo mundo gosta de escutar uma história, então resolvi esclarecer algumas coisas para vocês contando a história da gordura hidrogenada e da sua companheira a gordura trans. Não, elas não são a mesma coisa não, eu sei que todo mundo confunde, então é assim, a gordura trans recebe este nome devido a sua configuração química, ela pode inclusive ocorrer na natureza produzida no rumem de alguns animais, podendo estar presente em carnes e leites, mas desta forma sua participação no mix de gorduras da nossa dieta é ínfima. Por outro lado ela também pode ser formada pelo aquecimento repetido dos óleos acima do ponto de fumaça e ainda como um subproduto da hidrogenação dos óleos para obtenção da gordura hidrogenada ou da gordura parcialmente hidrogenada. Como estas duas gorduras entraram para valer na produção de alimentos nos últimos 100 anos, a quantidade de gordura trans presente nos alimentos do nosso dia a dia, ficou insustentável. A gordura trans faz muito mal, e quando todo mundo tomou conhecimento disso e não queria mais consumi-la as indústrias se safaram com os rótulos de zero trans, que infelizmente pode significar 0,5 g. Mas vamos voltar à história da gordura hidrogenada...

Tudo começou na América pré-guerra civil, quando o fabricante de velas William Procter e seu cunhado o fabricante de sabão James Gamble, uniram forças; na época o preço da banha e do sebo, matérias primas para a produção de velas e sabão, era controlado pela indústria de produção de carne então a P & G adotou medidas para controlar a produção de óleo de algodão, como uma matéria prima alternativa. Em 1907, com a ajuda do químico alemão CE Kayser, P & G desenvolveu a ciência da hidrogenação. Ao adicionar átomos de hidrogênio na cadeia de ácidos graxos, este processo industrial revolucionário transformou óleo de algodão líquido em um sólido que se assemelhava à banha.
Não satisfeitos com o uso de óleo de algodão endurecido para sabonetes, e conscientes de que a eletrificação causava o declínio do negócio de velas, a P & G procurou outros mercados para seus novos produtos. Ora se a gordura hidrogenada do óleo de algodão se assemelhava à banha, porque não vendê-lo como um alimento?

Certamente os dois senhores não imaginavam o mal à humanidade que assim iniciavam.

O produto denominado Crisco foi apresentado ao público em 1911. Era uma época em que as mulheres ficavam em casa e cozinhavam com bastante manteiga e banha, era natural que desconfiassem de produtos industrializados. Portanto o desafio para a P & G era convencer a dona de casa, sobre os méritos desta imitação de alimento. Então a campanha publicitária do produto apelou para a informação de que o produto seria "uma alternativa mais saudável para cozinhar do que a banha. . . e mais econômico do que a manteiga. "Com uma frase, a P & G atingiu os seus dois concorrentes mais próximos a banha e a manteiga.
Próxima etapa da campanha um golpe de mestre, a P & G publica um livro com 615 receitas, nas quais é claro o ingrediente gordura foi sempre substituído pelo Crisco, que é apresentado como mais saudável, mais digerível, mais limpo, mais econômico, mais esclarecida e mais moderno do que banha. As mulheres que usam Crisco são retratados como boas esposas e mães, suas casas estão livres de odores fortes de cozinha e os seus filhos cresçam mais saudáveis (porque, de acordo com a lógica torturantemente alardeada pelo departamento de publicidade da P & G, Crisco é mais fácil de digerir).
P & G também teve a brilhante idéia de apresentar Crisco para as donas de casa judias como um alimento kosher, que se comporta como manteiga, os judeus adotaram Crisco mais rapidamente do que outros grupos, e como muitas indústrias de alimentos eram de propriedade judaica não é de se estranhar que passo a passo a gordura hidrogenada foi sendo incluída em diversos alimentos.

Em casa substituía a banha e manteiga no preparo de tortas e biscoitos, já na indústria de alimentos foi sem dúvida a grande escolha, além de deixar os alimentos mais crocantes e menos oleosos, rendia-lhes um maior prazo de validade... BINGO... o produto que inocentemente foi criado para produzir sabão e velas, vira a grande vedete na indústria de alimentos. ALIMENTOS???? Vamos combinar gordura hidrogenada não é, e nem pode ser considerada como alimento. E sabem o que é pior? Atualmente a gordura hidrogenada também frequenta a maior parte dos restaurantes, infelizmente não apenas os ditos fast-food, ela está nas batatas sequinhas, no molho industrializado da carne, no bolinho de bacalhau crocante, na sobremesa cremosa, na torta cheia de recheio. Recentemente vi que até nos laticineos a gordura vem substituindo o velho e saborosso creme de leite. Está presente em pães, em biscoitos, caramelos e chocolates... cubos de tempero,  infelizmente a lista é muito maior do que podemos imaginar.


Então hoje, quando alguém me pergunta sobre dieta antiinflamatória, eu faço a seguinte recomendação: procurar eliminar vigorosamente duas coisas: gorduras hidrogenadas e alimentos de alto índice glicêmico. Esta seria a base de uma dieta antiinflamatória. Quer saber o motivo? funciona assim:
As gorduras hidrogenadas são produzidas a partir de óleos vegetais, em geral estes óleos são compostos por ácidos graxos de cadeia longa polinsaturada (lá estou eu de novo falando de química hehehe), do tipo Omega 6, ácidos graxos ou gorduras (se preferem chamar de forma mais simples) essenciais ao corpo, ou seja que devem ser obtidos na dieta e que são utilizados na formação das membranas das nossas células. O metabolismo destas gorduras libera em nosso corpo substâncias inflamatórias, que precisamos ter para o perfeito funcionamento do nosso sistema imunológico. O outro ácido graxo essencial é o Omega 3 (presente em peixes de água profunda como salmão, bacalhau, sardinha etc) o metabolismo do Omega 3 por sua vez, produz substâncias antiinflamatórias.

Quando os dois ácidos graxos estão equilibrados, na razão de um Omega 3 para cada quatro Omega 6, o nosso sistema imunológico funciona perfeitamente, nos protegendo das reais ameaças de micróbios, vírus, etc... Mas e se um deles estiver em quantidade superior às necessárias, como no caso do Omega 6? Ora basta uma breve leitura dos rótulos dos produtos na prateleira do supermercado para entender que a quantidade de Omega 6 ingerida diariamente via gordura hidrogenada, é muito superior à quantidade de Omega 3 da dieta ocidental, chegando a razão entre eles à níveis alarmantes de um para vinte e cinco.


O que acontece nestes casos é que o nosso corpo produz substâncias inflamatórias em excesso e não consegue produzir suficientemente as substâncias antiinflamatórias, resultado o corpo deflagra processos inflamatórios crônicos e silenciosos; este mecanismo tem sido apontado como a raiz da maior parte das doenças crônico degenerativas. Como Alzheimer, depressão, asma, psoriase, doenças cardíacas, esclerose múltipla e fibromialgia para citar apenas algumas.

Enfim Não está longe o dia em que as gorduras hidrogenadas serão definitivamente ligadas aos ataques cardíacos, derrames cerebrais, pressão alta, artérias obstruídas. Os estudos também deverão ligar o seu uso à obesidade, letargia e dor crônica. Esse dia está se aproximando muito mais rapidamente do que se pensava. Uma infinidade de estudos comprovam a ação deletéria destas gorduras em nosso organismo, devido a sua ação inflamatória, e não apenas por conterem gorduras do tipo trans.
Portanto leia os rótulos e evite todo e qualquer alimento que contenha entre seus ingredientes gordura hidrogenada, gordura vegetal ou gordura parcialmente hidrogenada, independentemente de ser light, diet ou de se identificar como zero ou livre de gordura trans. Afinal até sua criadora a P & G já se livrou do CRISCO que foi vendido 2002 quase noventa anos depois de muitos rendimentos. Provavelmente o produto não combinava mais com uma empresa de visão e apelo sustentável.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Em busca pela comida perdida...

O que o paradoxo françês , slow food , comfort food, nutrigênomica e inflamação tem em comum? Podem parecer posts isolados mas na verdade todos foram colocados aqui propositalmente. Em maio de 2009, o Globo repórter exibiu um excelente programa sobre alimentação saudável, que na verdade falava muito mais do que apenas comer este ou aquele alimento, nesta ou naquela quantidade, mas sim de um estilo de vida mais saudável. Ainda bem que nem tudo que vai ao ar na telinha é sobre ração humana ou dieta da linhaça....


No programa ao ser entrevistado lembro-me das palavras Dr. David Servan-Schreiber (autor do livro – Anticâncer, previnir e vencer) ¨se colocarmos 1000 pessoas dentro de um campo de futebol e dissermos para apenas 3% delas se moverem em uma direção, após algum tempo as demais também estarão seguindo este mesmo caminho. Isso está acontecendo hoje, em relação a um estilo de vida saudável, eu faço parte destes 3%, mas logo seremos muito mais¨

Eu tenho a felicidade de também fazer parte destes 3%, e mais ainda em constatar que esse movimento realmente já começou, percebo que as pessoas estão cada vez mais buscando um novo estilo de vida. E como numa grande engrenagem as peças que antes movimentavam-se isoladamente começam a se encaixar.

O movimento slow food , as medidas anticâncer do Dr Servan-Schreiber, a nutrigênomica, a teoria do processo inflamatório tão bem explicada pelo Dr. Nicholas Perricone. Tudo enfim caminha em um só sentido, de voltarmos a sermos mais naturais. Isso inclui comer comida pela sua função principal, alimentar o corpo e não apenas um medidor de calorias. Fazer uso das funções normais do corpo como andar e não apenas escravizar-se na esteira. Reduzir o estresse apenas pelo simples ato de parar, dormir, cochilar.

É por tudo isso, que neste blog não vou deixar de falar de gastronomia (e da boa) de vinhos, de viagens. Finalmente o saudável encontrou o terroir e o terroir provou que estava certo, que o homem tem mais é que viver de forma mais slow, e que nada como uma boa receitinha da vovó (contanto que a sua vovó não usasse margarina).

Apenas para concluir, o título do programa no qual Sônia Bridi revelou que a melhor receita francesa é a receita de vida, e ressaltou hábitos que fazem bem à saúde, como levar a vida mais devagar, tentar apreciar cada alimento e comer com consciência. França: em busca pela comida perdida. Isso mesmo, a pátria da gastronomia é quem sabe o elo perdido para conseguirmos viver mais, melhor e com mais saúde.

SPA

Só lembrando para todos que acompanham o blog que dia 15 começa nova turma de SPA no Oasis. Ainda dá para se organizar e participar.

NUTRIGENÔMICA e INFLAMAÇÃO

A palavra nutrigenômica é uma combinação da nutrição e da genômica. Juntos, eles descrevem um campo que estuda a relação entre dieta e expressão gênica. A pesquisa nutrigenômica investiga questões, tais como os alimentos influenciam a expressão do gene, e como os genes influenciam a maneira como os indivíduos absorvem e metabolizam diferentes tipos de nutrientes. Em outubro de 2008 estive em um congresso de Nutrigenômica em Genebra na Suíça, fiquei muito impressionada com a ênfase dada aos processos inflamatórios que são basicamente dirigidos pela nossa alimentação. Lá fiquei sabendo que não é a toa que é crescente a incidência de doenças inflamatórias crônicas, como esclerose múltipla, Alzheimer, mal de Parkison, doenças cardíacas, apenas para citar algumas.

O processo inflamatório deve-se principalmente ao desequilíbrio entre os ácidos graxos (gorduras) essenciais, Omega-3 e Omega-6. Ambos são ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, que não são sintetizados pelo nosso corpo e devem ser providos pela alimentação. No nosso organismo os dois ácidos utilizam o mesmo sistema enzimático e aos serem metabolizados produzem substâncias pró e anti inflamatórias (respectivamente), estes produtos são chamados de prostaglandinas, elas tem este nome complicado devido ao fato de terem sido primeiramente identificadas na próstata, mas estão presentes em todos as células do corpo que metabolizem os tais ácidos graxos, e obviamente nas mulheres também.

Até ai tudo bem, como expliquei antes, os ácidos são essenciais ao bom funcionamento do corpo, então ambos devem ser consumidos. Mas o que acontece se um dos dois estiver em excesso na nossa dieta? É exatamente este o problema que lidamos nos dias de hoje. A maior parte dos alimentos industrializados tem em sua composição uma gordura que foi alterada quimicamente, a gordura hidrogenada, como subproduto da alteração química, recebemos de presente a gordura trans, que todo mundo evita e procura os rótulozinhos de zero trans. Seria ótimo se fosse fácil assim, mas não é. Para obtenção destas gorduras o tipo de ácido graxo utilizado é o Omega-6 que produz substâncias inflamatórias... e como o sistema enzimático fica a maior parte do tempo ocupada em processar estas gorduras, pode não processar os poucos Omega-3 que ingerimos. Resumo da ópera... O corpo inflama mas não tem a capacidade de desinflamar. Resultado doenças crônicas e segundo o Dr Perricone, uma pele com aparência terrível.

Para corrigir essa bagunça que herdamos da produção de alimentos em larga escala, precisamos primeiro reduzir o consumo de ácidos graxos do tipo Omega-6. Meu conselho: reduzam drasticamente o consumo de produtos que contenham, gordura hidrogenada, gordura parcialmente hidrogenada ou gordura vegetal, em seus rótulos (mesmo que apregoem ser zero trans) e aumentem o consumo de Omega-3 inserindo na dieta peixes de água profunda (salmão – atum – sardinha – cavala – bacalhau), linhaça e vegetais de cor verde escura.

Para completar a lição de saúde, uma boa porção de antioxidantes, atividade física regular, água e sono. Mas disso tudo a gente ainda vai falar mais tarde.

O que significa SLOW FOOD?

É uma associação internacional sem fins lucrativos mantida por seus associados. Foi fundada em 1989 como resposta aos efeitos padronizantes do fast food; ao ritmo frenético da vida atual; ao desaparecimento das tradições culinárias regionais; ao decrescente interesse das pessoas na sua alimentação, na procedência e sabor dos alimentos e em como nossa escolha alimentar pode afetar o mundo.

sábado, 7 de agosto de 2010

O Paradoxo Francês


Nós todos sabemos que "As mulheres francesas não engordam." E, no entanto, os franceses amam seus queijos e seus vinhos - duas razões que poderiam ajudar a explicar as suas menores taxas de doenças cardíacas. Também acredito que os queijos tradicionais europeus, feita a partir de leite de animais alimentados a pasto, têm um perfil muito mais saudável – assim como seu leite, carne e manteiga. Este é o método tradicional de produção desses alimentos saudáveis e uma vez que o agronegócio começou a interferir com os mesmos, a saúde das pessoas começou a diminuir e os níveis de obesidade aumentaram.

Eu amo todos os tipos de queijos. No entanto, como um forte defensor do movimento "slow food", eu recomendo fortemente que você só escolha queijos produzidos a partir do leite cru de animais alimentados com pastagem - vacas, cabras ou ovelhas. Vamos seguir o francês e desfrutar de queijo de animais criados a pasto. Traduzido de http://www.dailyperricone.com/

Um pequeno segredo de beleza que vale seu peso em ouro!

Se as mulheres entendessem que comer uma simples e econômica latinha de sardinha dá a sua pele um brilho inigualável, maciez e maleabilidade, como nada mais neste mundo, esses alimentos voariam das prateleiras dos supermercados. Embora os benefícios extraordinários destes peixes em vários dos nossos órgãos possa soar como uma fantasia, eles são muito reais. Experimente a sardinha enlatada que contêm também a pele e os ossos para sentir os benefícios destas incríveis fontes de Omega-3, proteína e cálcio em sua pele, cérebro, humor e saúde. (traduzido de www.dailyperricone.com) – Nota do Blog: Escolha a opção light ou em molho de tomate que além de menos caloricas não contém entre seus ingredientes óleos ricos em Omega-6.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

FOREVER YOUNG

O novo livro do Dr Nicholas Perricone estará a venda a partir do dia 14 de Setembro, é claro que já reservei o meu, mas só deve chegar mesmo em outubro... antes porém, estarei postando diariamente algumas notas traduzidas do site http://www.dailyperricone.com/ com dicas de como combater a inflamação.

domingo, 1 de agosto de 2010

ADHD Linked to 'Western Diet' of Takeout, Fried Food and Candy

ADHD Linked to 'Western Diet' of Takeout, Fried Food and Candy

Estudo australiano identifica relação entre o padrão de dieta ocidental e o desenvolvimento de Transtorno do Deficit de Atenção em crianças. Mais uma comprovação que a dieta ocidental nos inflama e adoece, o processo começa cada dia mais precocemente, e infelizmente quem oferece um pacotinho de biscoitos ou salgadinhos mesmo que ¨livre de gordura trans¨ não percebe o quanto pode estar prejudicando o seu filho(a).

sábado, 31 de julho de 2010

Saiba mais sobre os benefícios do leite produzido por vacas alimentadas a pasto.

Is milk from grass-fed cows more heart-healthy?

Comfort food - Comida para aquecer o coração também cabe na dieta.

O nome já vai dizendo, comfort food, comida que dá conforto. São aquelas das receitas da vovó, da mamãe, da tia. Comida com lembrança de infância com cheiro de carinho. Será que dá para fazer alguma receita com essa cara e ainda assim não detonar a dieta? Infelizmente sempre que se fala em comida para emagrecer a gente lembra de salada fresca, sucos gelados e grelhados, nada quente ou com memórias de sabor. Então vamos mudar isso agora. Tem uma receita que minha mãe fazia sempre que a gente adoecia, na época aqui no Nordeste maçã era fruta que a visita levava no hospital para o doente, então ao fim do período de visitas restavam dúzias delas, e como na época as maçãs não recebiam tanta tecnologia para se manterem vermelhas e viçosas por semanas como agora, a solução era usar ou transforma-las em algo que durasse mais tempo. As maçãs eram assim lavadas e desencaroçadas (retirando só o centro), no furo de onde haviam sido retiradas as sementes, depositava-se uma colher de sobremesa de açúcar (que a atual tecnologia nos permite hoje trocar por um bom adoçante culinário) e canela e eram assadas em forno convencional, envoltas em papel de alumínio. Garanto que é perfeito para um final de tarde de inverno, tem poucas calorias e o que é melhor rica em fibra solúvel a maçã tem índice glicêmico de apenas 38. Já a canela tem reputação de melhorar o humor, mas o certo mesmo é que diminui a resistência à insulina nas células.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Temporada de SPA retorna em 15 de agosto, na hora certinha de se livrar dos abusos das férias. E tem novidade no cardápio, depois da castanha e do chocolate o Oasis agora aposta no leite de vaca... isso mesmo fresquinho vindo direto das vaquinhas com que todo mundo que vem por aqui se encanta. É que uma parte da dieta delas é baseada em pasto, o que sugere uma boa concentração de boas gorduras no produto final, e os estudos (post acima) mostraram que essas gorduras protegem o coração, aumentam a saciedade e ajudam a emagrecer.