Seguidores

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

World Pasta Day - Dia Internacional do macarrão

Hoje é o dia internacional do macarrão, para o jantar vou preparar uma maravilhosa ¨Pasta al Pesto¨ - traduzindo massa italiana com molho pesto. Típico da região da Ligúria - Gênova e afins. O melhor que comi em minha vida era feito pela mãe de um amigo meu em Gênova, nem pensem que era uma senhorinha fofinha e gorducha como as mamas italianas das novela das 8, bem ao contrário, a signora Del Nobolo era além de super em forma, requintada e muito moderna.



















A receita como ela me ensinou, inclui um bom azeite, alho, basílico (não é exatamente igual ao manjericão, mas quem não tiver o original como nós aqui no Oasis, pode se virar com o nacional mesmo), queijo pecorino e parmesão ou só o último se não houver escolha. Começe triturando o alho no azeite (na antiguidade o processo era feito em almofarriz, mas a moderna signora Del Nobolo me ensinou usando um processador de alimentos), aos poucos vá juntando o basílico (ok manjericão), intercalando com o queijo ralado, sempre juntando um pouco de azeite, atenção para não passar do ponto, o pesto não deve ser líquido e sim pastoso, as folhas apesar de trituradas não devem escurecer nem perder o aroma e sabor.... o segredo é a dosagem perfeita entre os queijos, as folhas e o azeite.... no final junte os pinolis (sementes de pinheiro, que aqui podem ser substituídas por nozes ou castanhas). Prepare a pasta al dente (assim é certeza manter o seu índice glicêmico que é em média 60) e junte uma colher de sopa do molho (que não deve ser aquecido). Na Ligúria esta pasta é servida com vagens cortadinhas o que lhe dá ainda mais sabor e ainda melhora suas qualidades funcionais pois aumenta a quantidade de fibra.

O pesto pode ser mantido em vidrinhos fechados na geladeira por vários dias, uma dica é sempre colocar um pouco de azeite por cima antes de tampar, assim as folhas não escurecem e o molho se conserva por mais tempo. Pode ser usado com pasta curta (penne, farfale, rigatoni) ou longa (spaghetti).

Buon Appetito.

domingo, 24 de outubro de 2010

Estudo da Universidade da Georgia identifica que o consumo diário de gengibre reduz dor muscular pós exercícios em até 25%

Apesar de ser totalmente fora de moda a velha máxima no-pain no-gain, não há dúvidas que o exercício muscular pode provocar dor, principalmente quando começamos um novo treino. Então esta notícia nos despertou para ampliar o uso desta raiz milenar na qual já depositávamos tanta confiança devido ao seu componente anti-inflamatório.

Recentes estudos demonstraram que o uso do gengibre reduz a dor muscular causada por exercícios em até 25%. O estudo realizado na Universidade da Georgia examinou os efeitos do consumo do gengibre cru e cozido comparados com o uso de placebo (preparação farmacêutica que não contém princípio ativo, ou seja, não tem atividade terapêutica.) 74 voluntários receberam capsulas de gengibre ou placebo durante 11 dias consecutivos e no oitavo dia realizaram exercícios com peso a fim de provocar dor muscular, marcadores inflamatórios antes e depois dos exercícios apontaram para o resultado de que as pessoas que receberam o gengibre (seja na forma crua ou cozida) experimentaram até 25% menos dor que as tratadas com o placebo.

Referências: 1.Christopher D. Black, Matthew P. Herring, David J. Hurley, Patrick J. O'Connor. Ginger (Zingiber officinale) Reduces Muscle Pain Caused by Eccentric Exercise. The Journal of Pain, 2010; DOI: 10.1016/j.jpain.2009.12.013

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nutrigenômica – O futuro da nutrição e as feiras populares.


Até recentemente, as pesquisas em nutrição restriingiam-se à deficiência de nutrientes e o correspondente comprometimento da saúde. Hoje damos os primeiros passos no estudo da nutrigenômica, que é como já expliquei anteriormente a ciência que estuda a interação da alimentação com a expressão dos nosso genes. Isto mesmo nosso genes se expressam (quimicamente é claro... )



Essa expressão na realidade está relacionada a tudo que nos cerca e atende pelo nome de EPIGENETICA, mas como a alimentação é talvez um dos fatores mais significantes tem sido alvo de boa parte dos estudos.






Basicamente os alimentos podem ativar ou suprimir fatores de expressão gênica, que por sua vez ativam ou desativam nossos genes, resumindo com a escolha certa de alimentos podemos ligar os genes do bem, e com a escolha errada os genes do mal. Mas é claro que não é tão simples assim, tudo isso se passa com reações bioquímicas obviamente muito complexas.

E quem diria que o estudo dessas complexas interações tem demonstrado que velhos conhecidos nossos, como o alho, a cúrcuma (também conhecido como açafrão-da-terra), o gengibre, além da canela têm importantes efeitos terapêuticos, incluindo a sua capacidade para suprimir o fator NF-kB. Não foram ainda apresentados? Melhor assim... o NF-kB é um fator de transcrição que induz a expressão de mais de 200 genes, muitos deles ligados a doenças como o câncer, artrite e obesidade.

É infelizmente mesmo não tendo sido apresentados formalmente muitos de nós sofremos com a sua atuação. Então a boa notícia é que muitos alimentos populares e especiarias encontradas nas nossas feiras livres e nos livros de receitas das nossa avós podem suprimir sua atuação, previnindo ou retardando o aparecimento de doenças, principalmente as de caráter inflamatório.

Especiarias que suprimem o NF-kB e seus respectivos fitoquímicos.

Manjericão, alecrim (ácido ursólico)
Cúrcuma ou açafrão-da-terra (curcumina)
Canela (aldeído cinâmico)
Cravo da índia (eugenol, isoeugenol)
Erva-doce, anis, coentro (anetol)
Gengibre (6-gingerol)
Pimenta vermelha (capsaicina)

Nossa receita da semana foi dedicada a este post e contém gengibre.