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sábado, 11 de setembro de 2010

Dieta de Índio

Estou encantada com a dieta indígena, é claro que estamos falando do índio de antes da chegada dos portugueses e da ¨ civilização ¨, eles se alimentavam basicamente do resultado da coleta de frutos , ovos de aves e sementes oleaginosas; pesca e caça além da mandioca que plantavam em pequenas roças. A mandioca é uma planta da qual se utiliza a raiz e as folhas, seu plantio dura cerca de 8 meses, é limpar o terreno, colocar na terra e esperar com a paciência de quem respeita a natureza o tempo até retirar de lá as raízes. Quando o solo já não produzia mandioca de boa qualidade os índios mudavam o local da roça. Ou seja havia além de tudo muito respeito à mãe natureza. Esta prática ecologicamente correta, traduzia para a dieta uma qualidade a mais, os antioxidantes naturais como os presentes no açaí, no caju, nas castanhas do Pará, sem falar na periodicidade, já que os alimentos eram coletados só eram conseguidos na sua devida época. Nada mais absolutamente correto segundo o movimento SLOW FOOD dos dia de hoje.

Mas a história que nos contaram foi outra, em geral o índio era tratado como preguiçoso e indolente, e praticamente tudo que se referia à cultura indígena era sinônimo de atrasado ou ruim... quem já não escutou as expressões pejorativas TUPINIQUIM ou PROGRAMA DE ÍNDIO. Pior é que antes fosse só o preconceito, muito pior é que na prática os índios foram praticamente dizimados, e o que restou deles teve sua cultura alimentar tão modificada que hoje sofrem inclusive com a obesidade e o diabetes , doenças inimagináveis nas tribos de antigamente. Basta olhar as fotos das atuais populações indígenas para ver que estão bem diferentes dos silvícolas das ilustrações de 1500 com barrigas tanquinhos, e mulheres tão belas que segundo Pero Vaz, fariam inveja as dondocas portuguesas da época, conforme escreveu ao rei de Portugal.

Infelizmente, tal como acontece com os índios Pima do México cuja população que migrou para os Estados Unidos apresenta maior incidência de obesidade e diabetes, o índio brasileiro, alimentado a base de cesta básica da FUNAI, engorda e adoece. Ao trocar as raízes por macarrão, a pesca e caça por enlatados, as frutas por biscoito, cresce o percentual de morte por doenças crônicos degenerativas (inclusive câncer), numa prova incontestável que a epigenética (expressão genética estimulada pelo meio ambiente) é uma realidade.

Mas voltemos à dieta do índio antigo (o do tanquinho). Depois de ler alguns artigos históricos, relatos e dados, de acordo com o que li, fiz uma distribuição dos alimentos utilizados na dieta indígena no formato pirâmide, e qual não foi minha surpresa ao encontrar na dieta do índio, uma total semelhança com a dieta mediterrânea.


Já viu? Dieta mediterrânea tupiniquim? Hehehe isso mesmo nós também temos nossa herança alimentar saudável. Então agora é assim, no próximo programa de spa vai ter um dia de índio. Neste dia o cardápio vai incluir tapioca, caju, palmito pupunha, banana e peixe assado. Isso mesmo, afinal o Oasis já não colocou o chocolate e a castanha na dieta? Fiquem sabendo que o consumo destes dois saborosos itens é também uma heranças dos nossos primeiros ancestrais, agora só resolvemos completar o cardápio. Um dia quem sabe todo dia será dia de índio.

O índio nordestino comia: mandioca (na forma de beiju, tapioca, farinha ou pirão), outras raízes como batata-doce e cará; frutas como pitanga, caju, cajá, goiaba e pitanga. Peixe cozido em caldos ou assado, oleaginosas como castanhas e leguminosas como o amendoim.

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